1. |
Espectadores
03:42
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Daqui posso te ver. Vamos nos encontrar?
Parecerei tão novo, não há com o que se preocupar.
Novas verdades suprem a velha sensação.
Aperte os dentes, sinta o gosto...sua inclusão!
A luz dos seus olhos veio para guiar.
E se é o novo tempo...vamos prosseguir, continuar, já somos nós mesmos!
Não há mais nada a dizer.
A festa é minha e sua...é de quem quiser.
E provém o prazer, ser “o que deve ser”.
Não há nada de errado, é o que deve fazer.
Caminhar...cantar.
“Você deve notar que não tem mais tutu
e dizer que não está preocupado
Você deve lutar pela xepa da feira e dizer que está recompensado...
Você deve aprender a abaixar a cabeça
e dizer sempre: ‘muito obrigado’
São palavras que ainda te deixam dizer por ser homem bem disciplinado...”.
(Gonzaguinha - adaptado)
Quanto mais por vir? E o que mais sentir?
Sua perversão, falsa liberdade!
Minha satisfação, ditada por você!
“Você merece, você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com o teu Carnaval?”
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2. |
Iguais
03:21
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Poderemos perceber
que os olhos não se encontram mais.
E quando o dia amanhecer: se já não formos tão iguais?
Seremos ainda irmãos? Ou nossas diferenças vão nos destruir?
Esqueceremos velhos ideais e aquilo que nos faz iguais?
Outra vez, me dizer o que devo ser.
Vou julgar! Oprimir! O que é você?
Poderemos perceber, que os olhos não se encontram?
E quando o dia amanhecer: o que restará de nós?
Seremos ainda irmãos? Ou nossas diferenças nos farão ruir?
Esqueci aqueles ideais pois já não somos tão iguais!
Sinta o vento, esqueça os contratempos
Em algum momento tente entender
Que o errado é nos flagelarmos
Não há culpados, vamos viver!
Sinta o vento, esqueça os contratempos
Em algum momento tente entender
Diferenças são as recompensas desta liberdade, vamos viver!
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3. |
Ministros
03:02
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Eu vejo em sua palavra, em seu discurso controlador.
Percebo que a luz não vem de sua direção.
Ao passo que me torno rebento de seu canto, sou jogado a esmo,
posto ao inverso do que vim buscar.
Onde foi parar a paz?
R.: Te olhar de frente então.
Perceber contradição, do que faz e do que traz o verbo.
Pelas vidas a salvar ou pelo ouro em seu altar?
Me diga, o que parece certo?
Sim, eu sou mais um em meio à multidão
que vem te escutar, buscando redenção,
mas posso ver seu proceder. Não posso crer
nessa busca insensata, sempre “mais poder”.
Se eu já não sinto mais aquela paz.
Não vejo em sua conduta, estes ideais.
Eu já não sei. Não é pra mim.
Mas creio sim. Eu sei que a verdade ainda está por vir.
R.: Te olho de frente então.
Percebo contradição, do que faz e o que traz o verbo.
Vejo as vidas a salvar e tanto ouro em seu altar.
Me desculpe, não parece certo.
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4. |
Rupturas
02:05
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O que te faz agir assim?
Quem você vai culpar?
Suas verdades não são pra mim.
Incoerência travestida por perdão.
Seus olhos só querem ter.
A perda do ideal te faz sentir tão só.
Seu sonho não existe mais.
O outro morreu em ti.
Não me importa mais.
Se meus olhos não querem perceber
Se a compulsão me faz perecer.
Vou atropelar, vou matar, vou morrer.
Tudo que preciso é satisfazer âmago, ego e bel-prazer.
Nevralgia, rupturas.
Seu coração não existe mais.
A todo tempo, por todo o resto, você é apenas um.
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5. |
Anjos e Flores
03:35
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Eu sei, eu já perdi a noção.
São tantas as dores, tantos os fatores.
Quero ter a razão se for pra viver aqui.
Eu já perdi tempo demais, já rompi com anjos e flores.
Hoje eu quero ter a paz.
Meu silêncio ainda te faz sorrir? Me deixa chegar, me deixa ver.
Eu prometo que serei o mais sincero.
Vem me encontrar, vamos viver.
Se os ventos vêm e vão, se esvai em nossas mãos.
Se o erros não importam mais, esperemos o sinal.
Se livres então.
Se os erros não importam mais, me encontre no final.
Já rompi com anjos e flores, quero ter a razão.
O que mais a dizer? Se há tanto a aprender?
À luz, encontrar.
Se podemos sentir. Se o tempo é este.
Outra vez vou tentar...paz!
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